quarta-feira, 13 de maio de 2020

Chega de super-heróis!


Se você é daqueles que anda aborrecido com seus heróis favoritos, que acha que as tramas têm sempre a mesma “cara”, que os gibis estão cada vez mais dependentes do que acontece nas telas dos cinemas e videogames, que sente saudades dos anos 60 ou 70; talvez, esteja na hora de começar a conhecer novos personagens.
Entendam bem, gibis de super-heróis, com raras exceções, são mais parecidos com “novelões” intermináveis do que com outra coisa. Os enredos se encompridam em tramas recorrentes com os mesmos vilões e situações que, com o tempo, acabam cansando até os mais otimistas. Daí, as ideias mirabolantes das grandes editoras com cronologias zeradas, viagens no tempo, torneios galácticos e outras bobagens que também já cansam os leitores mais antigos.
Nessa hora, vale arriscar a olhada em títulos que você até pode ter visto nas livrarias, mas não se animou em comprar por serem desconhecidos. Vale lembrar que personagens como Spawn, Bone, Savage Dragon, Hellboy e outros atuais ícones das HQs também eram anônimos quando surgiram em busca de uma prateleira ao sol nas comic shops. Alguns bons projetos podem até naufragar, se a curiosidade dos leitores não for despertada.
É o caso, por exemplo, de Invencível, de Robert Kirkman (sim, o mesmo do megassucesso The Walking Dead) que, apesar de muito bom, não consegue emplacar por aqui. Claro que a irregularidade com que aparece nas bancas dificulta a fixação do título, mas acredito que as aventuras de um super-herói adolescente que ainda está aprendendo a lidar com seus poderes tenha um bom apelo.
Outro quadrinho diferente que também vale uma olhada é Os Pequenos Guardiões (Mouse Guard), de David Petersen. Uma série fechada em seis pequenos volumes, premiada com dois Eisner e recomendada pela Associação de Sociedades Americanas como leitura indicada para a família, onde os heróis são... ratos!
Quer mais? Jupiter’s Legacy, de Mark Millar e Frank Quitely; Saga, de Brian K. Vaughan e Fiona Staples; Liga Extraordinária: Século, de ninguém menos do que Alan Moore e Kevin O’Neil; Bloodhound, de Dan Jolley e Dave Johnson... sem esquecer de alguns mangás como One Punch Man e Ajin: demi-human, que podem ser opções bem interessantes para quem não aguenta mais raios da morte e superpoderes mofados, com supervilões cansados e caricatos.
No fundo, vale a mesma dica para quase tudo na vida: arrisque-se! O máximo que pode acontecer é você perder um pouco de tempo e dinheiro. Já o mínimo, é sair da rotina e ser apresentado a “super-heróis” bem diferentes daqueles que você já conhece bem demais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário