Se você é
daqueles que anda aborrecido com seus heróis favoritos, que acha que as tramas
têm sempre a mesma “cara”, que os gibis estão cada vez mais dependentes do que
acontece nas telas dos cinemas e videogames, que sente saudades dos anos 60 ou
70; talvez, esteja na hora de começar a conhecer novos personagens.
Entendam bem,
gibis de super-heróis, com raras exceções, são mais parecidos com “novelões”
intermináveis do que com outra coisa. Os enredos se encompridam em tramas
recorrentes com os mesmos vilões e situações que, com o tempo, acabam cansando
até os mais otimistas. Daí, as ideias mirabolantes das grandes editoras com
cronologias zeradas, viagens no tempo, torneios galácticos e outras bobagens
que também já cansam os leitores mais antigos.
Nessa hora, vale
arriscar a olhada em títulos que você até pode ter visto nas livrarias, mas não
se animou em comprar por serem desconhecidos. Vale lembrar que personagens como
Spawn, Bone, Savage Dragon, Hellboy e outros atuais ícones das HQs
também eram anônimos quando surgiram em busca de uma prateleira ao sol nas comic shops. Alguns bons projetos podem
até naufragar, se a curiosidade dos leitores não for despertada.
É o caso, por
exemplo, de Invencível, de Robert
Kirkman (sim, o mesmo do megassucesso The
Walking Dead) que, apesar de muito bom, não consegue emplacar por aqui.
Claro que a irregularidade com que aparece nas bancas dificulta a fixação do
título, mas acredito que as aventuras de um super-herói adolescente que ainda
está aprendendo a lidar com seus poderes tenha um bom apelo.
Outro quadrinho
diferente que também vale uma olhada é Os
Pequenos Guardiões (Mouse
Guard), de David Petersen. Uma série fechada em seis pequenos volumes, premiada
com dois Eisner e recomendada pela
Associação de Sociedades Americanas como leitura indicada para a família, onde
os heróis são... ratos!
Quer mais? Jupiter’s Legacy, de Mark Millar e
Frank Quitely; Saga, de Brian K.
Vaughan e Fiona Staples; Liga
Extraordinária: Século, de ninguém menos do que Alan Moore e Kevin O’Neil; Bloodhound, de Dan Jolley e Dave
Johnson... sem esquecer de alguns mangás como One Punch Man e Ajin:
demi-human, que podem ser opções bem interessantes para quem não aguenta
mais raios da morte e superpoderes mofados, com supervilões cansados e
caricatos.
No fundo, vale a
mesma dica para quase tudo na vida: arrisque-se! O máximo que pode acontecer é
você perder um pouco de tempo e dinheiro. Já o mínimo, é sair da rotina e ser
apresentado a “super-heróis” bem diferentes daqueles que você já conhece bem
demais.
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